terça-feira, 3 de agosto de 2010

Quem sou eu? (Escrita em maio de 2010, na procura do primeiro estágio)

Meu nome é Priscila Gomes da Silva, nascida em Suzano (SP), no dia 13 de outubro de 1983, numa quinta-feira. Sou solteira, não tenho filhos. Filha de Cleuza Gomes da Silva, mãe solteira. Aos sete anos de idade fui morar na zona norte de São Paulo, de onde nunca mais saí. Na minha infância, minhas brincadeiras preferidas eram: rádio e entrevistar parentes e amigos com um microfone feito de desodorante, aliás, até as bonecas eu entrevistava.
Eu gostava muito de ouvir rádio e achava que todas as músicas que tocavam, os artistas iam pessoalmente para o estúdio. Achava engraçado também como os apresentadores dos telejornais decoravam tudo aquilo.
Mais crescidinha, já nos trabalhos da 5º e 6º série, eu preferia apresentar os trabalhos em forma de telejornal ou rádio, ninguém mais me aguentava.
Somente aos 23 anos, pude finalmente realizar meu sonho: fazer o curso de jornalismo, no qual nunca tive dúvida.
Minha primeira reportagem já foi no 1º semestre, o tema era livre. Escolhi então, contar a história do supermercado Andorinha, localizado na zona norte da capital, no bairro da Cachoeirinha. Escolhi essa matéria porque eu fazia um serviço terceirizado para o Banco Bradesco, dentro do mercado. E muitas coisas me chamavam a atenção, uma delas, foi o número de deficientes que trabalham lá, de 70 funcionários são por volta de 30. E, além disso, todos os dias ao 12h e às 18h da tarde, há mais de 35 anos são tocadas as músicas Ave Maria ou Nossa Senhora de Roberto Carlos.
Foi um sucesso, deu três laudas e os donos adoraram. Tirei nota 9.0, pois a professora achou que eu estava fazendo comercial do supermercado Andorinha.
Desde então comecei a fazer matérias ressaltando a inclusão social ou ONGs. Depois fiz sobre a ONG AMEO que faz palestras de como ser um doador de medula óssea. Até me cadastrei para ser uma doadora. Conheci pessoas que doaram sua medula para salvar a vida de outra pessoa que nem conhecia. Conversei também com pessoas que foram salvas por outras que da mesma forma nunca tinha visto.
Ao visitar o Hospital do Câncer, localizado na Mooca, minha percepção sobre a vida mudou completamente. Pessoas que dão imenso valor para qualquer gesto, sinal ou estímulo. A vida para elas é extremamente importante e deve ser vivida intensamente.
Outras reportagens me chamaram muita atenção como inclusão digital para deficientes visuais e inclusão nas faculdades. São os temas que eu me emociono muito.
Hoje já no 5º semestre já não posso escolher as matérias que gosto de fazer, e isso é um desafio. Aprendo muito com reportagens que nunca imaginei em escrever. Acaba sendo um aprendizado a cada dia. Na faculdade superei alguns limites que eu temia, achava que nunca iria conseguir, por exemplo, diagramar uma folha de jornal. Depois que terminei, vi que tinha vencido mais um desafio em minha vida, mais um obstáculo eu tinha superado.
Superar obstáculos e sair da rotina é o que mais tinha medo, pois meu maior defeito é ser muito ansiosa, corro muito atrás das coisas, sempre com medo de uma não dar certo. Meu professor de radiojornalismo Paulo Rodolfo, diz que eu sou uma pessimista que sempre dá certo, pois algo dê errado eu me previno com outra.
Eu acho que minha maior qualidade, vem junto com meu maior defeito, pois a ansiedade faz com que, eu sempre fique com os pés no chão. Prefiro ser assim mesmo, nunca me fez mal, mas quem anda ao meu redor sofre um pouco.
Amigas de classe acham que qualquer dia eu vou ter um infarto ou elas vão ter um, pois sou muito exigente comigo e com quem é do meu grupo. Mas não sofro tanto assim, pois tenho muito bom humor para lidar com as situações, mesmo em horas de estresse.
Agora busco meu primeiro estágio, penso que está na hora de colocar em prática tudo aquilo que gosto de fazer e aprender a lidar com assuntos ou ferramentas que ainda não aprendi. Não busco uma área específica, seja qual for vou estar muito feliz. Estou aberta a novos caminhos.
Na faculdade aprendi a superar minhas dificuldades, ciente que quando uma pessoa se esforça, ela cria um clima favorável e a partir daí as coisas dão certo. Nunca me decepcionei comigo mesma, pois sempre lutei muito por tudo aquilo que desejei. Nas matérias e em meus trabalhos viro noites sem dormir, dando o meu melhor. Se a nota não foi a mais alta, é que preciso atualizar meus conhecimentos, mas dedicação nunca faltou.

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