terça-feira, 3 de agosto de 2010

A evolução da decoração no Brasil

A busca pela simplicidade e design arrojado aumentaram por conta da tecnologia


Quando falamos de evolução em decoração lembramos de tecnologia, facilidade e design arrojado, tudo de forma rápida visto que, a cada momento o homem procura novas idéias para satisfazer suas necessidades. E quem busca evolução também busca inovação. Arquitetos renomados inspiram-se em conceitos de épocas passadas, mas com um toque de modernidade e sofisticação que se exige atualmente.
No Brasil as primeiras notícias sobre decoração e arte, foram em meados do século XVI ano de 1598. Quando Capitão-Mor Feliciano Coelho, conheceu o sertão brasileiro, cujo tema dessas pinturas em pedras era o homem pescando, caçando entre outras atividades. Mas um pouco antes disso, em 1532, chegaram junto com as capitanias portuguesas, além do povo europeu, escravos, famílias nobres, africanos que sabiam lidar muito bem com o ferro na construção de armas e espadas. Nessa época por aqui já tinham os índios que sabiam fazer seus pratos, talheres, pentes, machados, seus vasos, entre outros utensílios. Nessa mistura de pessoas com culturas diferentes e de várias partes do mundo, é que o Brasil teve sua história da decoração e artesanato, miscigenada e enriquecida.
Os índios contribuíram muito para a arte e a decoração, pois desde o início da colonização, eles já moldavam vasos e decoravam com figuras geométricas, faziam também suas igaçabas, o que chamamos de caixão. Esses eram pintados com desenhos de bichos. As grandes tradições indígenas que podemos destacar são: Marajó, como conhecemos Marajoara, onde Victor Brecheret (escultor modernista), se inspirou para fazer uma coleção. Tem a Cunani e Manacá que era mais localizada no Estado do Amapá. Nessas os indígenas faziam suas cerâmicas em barro cozido e dificilmente as repetiam. Os europeus olhavam essas pinturas e achavam que não passavam de brincadeiras.
Já no século XX, vendo as fotografias ou revistas dos anos 50, observamos que os móveis da sala eram feitos de modo que a televisão era colocada num local privilegiado. Nas paredes da sala eram muito usadas grandes pedras brutas, ou até feitas em forma de mosaicos, forte tendência na época. O rádio possuía o tamanho de uma pequena cômoda.
Nos anos 70, se usavam muitas cortinas de grandes estampas com formas arredondadas, figuras geométricas, com cores em laranjas, marrons e amarelas. Começavam a usar o acrílico e plástico.
Nos anos 80, o que era forte na decoração, eram as formas geométricas e grandes luminárias, as enormes pedras na sala foram substituídas por outras técnicas de texturas.
Já na década de 90, o forte da decoração é uso de pouca luminosidade, paredes off - white, bege ou brancas e sofás coloridos com mantas jogadas por cima.
Nos anos 2000, cores pastéis, madeira, bambu, palha, pedra. O que mais vemos são arquitetos buscando a arte de antigos povos, como indígenas, trazendo todas as características raízes para uma decoração com traços da antiguidade, mas com sofisticação. Nas paredes, outros tipos de revestimentos de pedras para a parede da sala. Mas agora elas são cortadas em tamanho menor, estilo pastilhas ou cubo, com pouca argamassa.
Em pleno século XXI as pessoas buscam simplicidade nas decorações. As preferências são para paredes rústicas como pequenas pedras ou texturas ao invés de chapiscar, lixar e pintar. Antes os pequenos detalhes dos desenhos de azulejos ou pisos, faziam a diferença, nas lojas não são mais vistos. Os que tomaram conta das prateleiras são os de cores neutras e lisos.
Em 2010, vemos que o novo pode conviver com o antigo, as grandes estantes deram espaço para as grandes telas de LCD. Os racks são de madeira maciça, baixos e largos. Pedras, peças de bambu trançados e utensílios de ferro, como anos atrás, são utilizados na sala, dando um toque rústico e sofisticado. Hoje são os móveis que se adaptam a tecnologia, em harmonia com o moderno, mas resgatando conceitos.


Por Priscila Gomes

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